segunda-feira, 14 de junho de 2010

Avaliação:Obra do Artista Pablo Picasso-Guernica


Falar dessa obra é fazer uma retrospectiva no mundo da arte.
Em qual momento a arte começa a fazer revoluções,e qual o intuito do artista com essa obra.Pablo Picasso,é influenciado pela cultura africana,sua visão de corpo poderia ser totalmente difenciada,da visão de hoje.
Nessa obra os traços do corpo são distorcidos,não muito definidos,expressões que podem ser vistas de modos difentes.A ludicidade é implicita,talvez caiba no contexto do artista.A obra em si retrata uma época de guerra,o general Francisco Franco comandava um exercito rebelado contra o governo republicano espanhol.
O artista mostra um compromisso politico e ideológico que não só reflete na crueldade de um massacre,mas contra a injustiça da guerra.
Assim a obra retrata a realidade da época,como há hoje outros meios de protesto aos valores da sociedade,sejam estes por meio das mais variadas obras de arte;a música,a dança,as pinturas em tela,o cinema,o teatro e manifestações.

Documentario-Tema -Parada Gay

O documentario nos ajudou a fazer um pouco mais de relação entre os temas abordados nesse semestre,são tantas coisas que algumas acabam ficando no ar,mas que dependendo da nossa interpretação as idéias não são perdidas.
Relacionar os assuntos com um único tema é complicado,e de primeiro instante achei que a ''Parada Gay'' poderia suprir essa necessidade.Depois de termos chegado na Paulista começamos a ver alguns fatores que justificavam a causa de luta.
Cartazes,faixas,pessoas que vestiam camisetas com frases que mostravam a luta pelo fim do preconceito,respeito,dignidade e igualdade,pessoas que ali usavam o corpo como armas para a luta.Uma luta que não só apontavam a homofobia,mas o preconceito contra pobres,negros,raças e etnias.
Corpos modificados pelas vestimentas,pelas cirurgias,máquiagens,feitas por pessoas que não só incorporavam,mas que eram gays e que tinham um proprósito,a de humanização.
Ali estavam pessoas de várias culturas e etnias diferentes,todos num ato de cooperatividade e ludicidade.Conhecemos até dois amigos venezuelanos e um grupo de canadenses.Acho que a nossa comunicação teria sido um pouco mais difícil,se não soubesse o idioma espanhol,o que ainda mesmo assim,tivemos que fazer gestos para nos comunicar.
É um pouco que estranho lidar com pessoas de outra cultura,outra nacionalidade,no sentido de que se,alguma palavra for familiar para eles,pode soar num significado diferente ou até mesmo algum gesto que pode ser interpretado de maneira errada.
Todos os trabalhos foram criativos o que ainda mesmo assim não conseguimos evitar alguns erros,mas o mais importante acredito eu,foi ter apontado esses erros uns para os outros,para que possamos errar menos e acertar mais.Tive como exemplo o nosso próprio documentario,jamais havia pensado que os atos de violência contra gays,lésbicas,transexuais e travestis era tão grande nesses movimentos.
Está ai a hora de refletirmos sobre nossas ações e preconceitos,estes que refletem na sociedade

Vivência

De primeiro instante não pensei que o tema de nossa vivência fosse muito boa de ser trabalhada.Imaginei fazer práticas corporais como algum esporte que nunca tinhamos praticado.E foi no debate em sala que vi o quanto foi importante termos trago outras culturas para o nosso aprendizado.Como fala o autor Huizinga,o jogo antecede a cultura,e houve um jogo entre eles com elementos lúdicos em todo momento.Rituais como danças e lutas,práticas corporais realizadas e a incorporação das pessoas que ali estavam apresentado,tudo isso foi essencial para que pudéssemos fazer uma boa reflexão de nossa vivência.
Na verdade não precisamos fazer os mesmos gestos,a coreografia da dança ou qualquer movimento de luta para que vivênciassemos aquilo,mas fizemos parte daquela apresentação ocupando outro papel, o de expectadores.
Foi muito bom ter tido como experiência,essa vivência e ter trocado-a com os colegas que foram muito criativos ao meu ver.Acho que fomos além dos nossos limites podendo assim adquirir melhores conhecimentos experiências.
Não esquecendo da cooperatividade de todos,seja as das pessoas que apresentaram, como a cooperatividade que há todos os dias em sala,com trocas de idéias e até mesmo daqueles que muitas vezes passam despercebidos na nossa tragetória de aprendizado.

domingo, 13 de junho de 2010

Escritores Da Liberdade


Quando cheguei na aula o filme tinha acabado de começar,logo que bati o olho no telão falei pra mim mesma...''já assisti esse filme.''E realmente já havia assistido porém,naquele momento eu sabia que tinha um propósito e que eu iria refletir de outra maneira,com outros olhos,pois passaria a entender seu contexto já que na primeira vez em que eu havia assistido não me fez pensar tanto.
É engraçado como meu modo de pensar e refletir sobre algumas coisas mudou tanto nesses últimos seis meses.Passei a enxergar o mundo fora do senso comum,aprendi o quão importante questionar algumas coisas,e esse filme foi mais um dos elementos que contribuiu para essa minha visão.
O filme trás uma realidade que eu e muitos alunos vivênciamos,porém deixavamos passar despercebido.O ensino precario no sentido de exclusão,favorecimento de alguns alunos,professores que deixava-nos acomodados na área do conhecimento,sem nos dar a chance de exploração e busca,e que até mesmo nos substimavam no aprendizado.
É um filme que nos mostra até onde podemos chegar como profissionais da área da educação explorando e indo além dos nossos limites como educadores.Foi assim que fez a professora Érin(Hilary Swank),novata numa escola do ensino médio,ela leciona língua inglesa e literatura com prespectivas positiva na recuperaçao e sociabilização de seus alunos.
Estes que faziam parte de gangues,passam a conviver e a respeitar as diferenças uns dos outros,desde que ela começou a aplicar um novo método de ensino dando-lhes literatura e diferentes obras sobre episódios cruciais da humanidade.
Ela foi além de suas vidas em sala de aula,incorporou o meio em que viviam isso os ajudou a se integrarem na sociedade aprendendo a lidar com diferenças,depois de terem trocado experiências uns com os outros.
''Acredito que isso é importante para a nossa formação,para que futuramente possamos proporcionar uma melhor educação para os nossos alunos,e assim criarmos cidadãos de bem''.

Tempos Modernos


Freire.J.B Utiliza das autoras Ilya Prigogine e Isabelle Stangers como base para sua obra''De Corpo e Alma.''Freire afirma:''Venho da Ed.ucação Física a qual se puder fazer algo de útil como prática pedagógica,será fazer com que as pessoas se percebam como corpos.''(1991,p.152) Não somos mais um mundo-relógio dirigido por um Deus relojoeiro,''...ordenador racional de uma natureza autômata''(Prigogine,Stangers,1984.p.34).Gente é que somos,não máquinas,como afirmou um dia Chaplin,conclamando-nos a nossa condição de humanos.Não devemos entender como decreto de Descartes quando afirma que a res extensa funcionava a semelhança de máquinas e assim o corpo passou a ser visto dessa maneira. Vivendo tanto tempo em contato direto com essas máquinas descritas por Descartes,não foram mecanismos automaticos que conheci.Não relógios insensíveis que percebi.Porém,assim como Descartes viu-se''...forçado a pôr os outros animais inteiramente do lado da ''coisa externa''(Heisenberg , 1987,p.63), os animais e as plantas passaram a ter tratamento igual ao de máquinas pela ciência.E eu acrescentaria que ,de certa forma,tmbémo corpo do homem recebeu tratamento semelhante,porque,nessa perspectiva,o corpo do homem não era o homem.Ou seja, mesmo sabendo,porque vive com eles,que os corpos humanos não são maquinas iracionais,foi decretado que funcionam a semelhança de relógios.Um terrivel exemplo é o que fazem as escolas com as crianças.

Jogo Corpo e Luta

''A performace faz parte da obra do corpo...o corpo é a arte e muitas vezes é o protagonista,e assim a cada performace uma nova obra de arte surge''.
Isso eu pude perceber depois de alguns debates e videos visto em sala sobre o corpo,o que me fez lembrar da exposição de Hélio Oiticica,nossa primeira avalição.
Na Arte a concepção de corpo fica muito mais clara e ampla,e me pergunto,como é que não percebemos que algumas expressões e ações corporais são interpretadas de formas diferentes,e que podem interferir na vida uns dos outros ou até mesmo na vida de milhões de pessoas?
Talvez a resposta pode não ser tão simples para as pessoas que preferem deixar passar despercebido no dia-a-dia ou para aquelas que preferem continuar sendo protagonistas do senso comum ao invés de questionarem suas próprias ações e o porque delas.
Acredito que o homem se vê como máquinas,por talvez fazerem parte de uma rotina muitas vezes estressante,o trabalho,a responsabilidade familiar e outros fatores,acaba promovendo um sério desequilibrio psicologico.Não devemos entender como decreto de Descartes quando afirma que a res extensa funcionava a semelhança de máquinas,que assim passou a ser visto o corpo.Felizmente isso deixou de ser o meu ponto de vista,que não tinha o conhecimento do corpo como totalidade.Depois de ter lido alguns livros como o de Moche Feldenfrais(Consciencia pelo movimento)a visão de corpo ficou mais clara.
Isso porque ele argumenta que o homem acaba escondendo sua própria personalidade atrás de mascaras afim de seguir os valores da sociedade para ser bem visto por ela e para também ter um reconhecimento da sua área profissional.
'' Este sucesso deve ser visível,envolvendo uma constante ascenção na escala socio- econômica.Se ele falha na escalada,não somente suas condições de vida se tornarão mais díficeis,mas seu valor diminuira a seus próprios olhos a ponto de comprometer-lhe a saúde física e mental''(p.23,1977).
Como forma de resistência do homem a essa concepção de máquina,podemos fazer uma relação com a capoeira que é uma forma de resistência corporal.O movimento corporal ou habilidades corporais podem ser vistas diferentes.
Para relacionar o corpo com a luta e o jogo podemos dizer que este vai sempre estar presente nos mais diferentes contextos.Para Huizinga algumas características lúdicas aparecem na guerra,no jogo,a desigualdade própriamente não existe as regars são iguais para todos.A maior parte das guerras lúdicas ia um mensageiro para avisar seu oponente lembrando que nem toda luta é violenta,que a idéia não é matar mas sim a luta por algo material por glória ou por um ideal.
Pela luta conter uma das características de jogo,podemos dizer que é um jogo,porém
um jogo entre líderes em que as peças geralmente são humanos que vão por expontânea vontade,mas que muitas vezes deixam de ser jogadores para serem simplesmente peças manipuladas.
Dizendo se da luta individual podemos fazer uma relação com o esporte(COPA DO MUNDO),que muitas vezes há um sentimento patriota de desvalorização de outras nações,sentimento esse etnocentro em que somos melhores,onde a raiva passa a ser um dos principais elementos em vez de valorizarmos outras culturas.
A honra nem sempre corresponde a vitória,as vezes a vitória não é merecida,mas outros fatores pode contribuir com ela como a sorte ou decisão divina.
O determinismo não existe,não decidimos,na luta há o improviso éa desordem e a ordem...''É ME DESORGANIZANDO QUE EU POSSO ME ORGANIZAR...''(Compositor:MarceloD2).
Por ser um dos elementos do jogo,o ritual também esta presente na luta por agregar características lúdicas,mas uma vez que perdida ou não existente o lúdico vai deixando de existir,pois na maioria dos rituais há ludicidade.

sábado, 12 de junho de 2010

Jogos Coperativos

Definições
"Cooperação : é um processo de interação social,cujo os objetivos são comuns,as ações são compartilhadas e os benefícios são distribuídos para todos" Brotto (1999)
"Cooperação : Ato de trabalhar em conjunto com um único objetivo, se,e somente se,as outras com as quais ela estiver ligada conseguirem atingir seus objetivos " Margaret Mead
Jogos cooperativos na sociedade :
Os jogos e brincadeiras são praticas muito antigas que assumiram uma função educativa . Os Gregos,na antiguidade,consideravam os esportes em geral como elemento fundamental na construção do homem.
Os jogos auxiliam no desenvolvimento de habilidades físicas e mentais. Na cultura competitiva individualista que nós vivemos os jogos e brincadeiras , reflexo dessa sociedade , enaltecem o resultado colocando a vitoria como prêmio do sucesso individual .
Ao falarmos sobre jogos cooperativos , Terry Orlick torna-se a principal referencia . Para esse autor não conseguiremos manter um ambiente humanitário em nossa sociedade e produzindo um sistema social em recompensas e punições.
Apresenta estratégias para iniciar um processo de reestruturação a partir dos jogos do esporte e jogos tradicionais , introduzindo paulatinamente
os valores e princípios dos JC. Propõe começar essas mudanças modificando a estrutura vitória -de rota dos jogos tradicionais pela vitória - vitória (P.116).
Terry Orlick (apud,Barreto) Considerado um pioneiro dos jogos cooperativos , tinha objetivo de desenvolver brincadeiras cujo o resultado não se desse sempre nos termos do binômio vencedor /perdedor. Assim os jogos cooperativos buscam promover experiências reais de cooperação .
"Recuperar o papel sociabilizador dos jogos e brincadeiras nas escolas pode ser uma opção para propiciar novas formas de relações sociais , principalmente junto a criança,na luta contra a exclusão social "
Terry Orlick relaciona as príncipais características do jogo cooperativo,comparando-o aos jogos competitivos afim de salientar as diferenças e as vantagens deste primeiro,por ele defendido.
Jogo competitivo:divertido para aguns ,alguns se sentem perdedores alguns são excluídos por falta de habilidade;estimula a desconfiança e o egoísmo,cria barreiras entre pessoas.Os pededores saem e observam,estimala o individualismo eo desejo que o outro sofra.
Jogo cooperativo:divertido para todos,todos se sentem ganhadores.Todos se envolvem de acordo com as habilidades;estimula o compartilhar e confiar;cria pontes entre as pessoas os jogadores ficam juntos e desenvolvem suas capacidades;ensina a ter senso de unidade e solidariedade;desenvolvem e reforçam os conceitos de nível (auto-estima auto-aceitação);fortalece a perceverar frente as dificuldades;todos encontram um caminho para crescer e desenvolver .Desta forma não há exclusão,cada auxilia com suas possibilidades para o grupo obter o sucesso.O jogo competitivo muitas vezes é defendido como sendo importante para se sobressair no mundo atual,individualista e competitivo.porém poucos se encaixam nos parametros exigidos e a maioria é excluida ,uma vez que segundo pesquisas a competição diminui a auto-estima e aumenta o medo de falhar,reduzindo a expressão de capacidades.Já os jogos cooprativos ao contrario desnvolve e eleva a auto estima e concequentemente as capacidades de cada um.

O autor faz uma classificação dos jogos cooperativos.

Jogos cooperativos sem perdedores
São os jogos plenamente cooperativos,pois todos jogam juntos e não há perdedores.
Jogos cooperativos de resultado coletivo
Existe a divisão em duas ou mais equipes ,mas o objetivo do jogo só é alcançado com todos jogando juntos .
Jogos cooperativos de inversão
Envolvem equipes ,mas os jogadores trocam de equipe a todo instante ,dificultando reconhecer vencedores.
Jogos semi-cooperativos
Visam estimular a participação daqueles que normalmente não participam de um jogo devido a uma menor habilidade,criando regras para facilitar a participação desses.
Partindo do trabalho de Terry Orlick ,surgem novos trabalhos sobre JC que permitem identificar muitas possibilidades para a abordagem dos mesmos no contexto escolar.
Uma delas é a pespectiva política trazida por Brow(1995),que encontra uma forte relação do jogo cooperativo ou competitivo com questões políticas das classes socialmente desfavorecidas .Para ele '' uma de nossas tarefas é educar para não aceitar passivamente a injustiça[...]como educadores temos que transmitir outros valores Podemos oferecer a altenativa da solidariedade e do senso crítico diante do egoísmo e da resignação''(p.31).Com essa perspectiva os JC ganham uma visão e um papel transformador ,aproximando-se das abordagens crítico -emancipadoras da Ed.Física escolar.

Oliveras (1998)apresenta os JC destacando as mesmas características que Brow(1995)porém tenta estabelecer uma relação desses jogos com a natureza.Ao relacionar os JC com a natureza ,abre espaço para integrá-los com a temática do meio ambiente e da ecologia em projetos que venham a ser desenvolvidos na escola.